
Tinashe, Toro Y Moi, Arca e Kelsey Lu, esses são alguns dos artistas que integram o mais novo registro de Blood Orange, Angel’s Pulse (2019). Trata-se de um complemento direto ao material entregue pelo cantor e compositor britânico há poucos meses, durante o lançamento de Negro Swan — 11º colocado em nossa lista com Os 50 Melhores Discos Internacionais de 2018. Canções que discutem a masculinidade negra, relacionamentos fracassados e a constante sensação de deslocamento do eu lírico, estrutura que vem sendo aprimorada pelo artista desde Cupid Deluxe (2013), casa de músicas como You’re Not Good Enough e Chamakay.
“Eu tenho o hábito de produzir um disco que acabo dando para amigos, gravados em fita para as pessoas na rua ou ninguém. Normalmente, esse material é feito após o álbum que acabei de lançar. Como um epílogo das coisas que fiz antes. Desta vez, eu decidi liberar“, escreveu no texto de apresentação do trabalho. Para a produção da mixtape, Devonté Hynes, grande articulador do Blood Orange, decidiu produzir, gravar e tocar todos os instrumentos sozinho. O resultado desse forte comprometimento estético está na produção de um material que preserva a essência de obras como Freetown Sound (2016), porém, se permite avançar criativamente.
Blood Orange – Angel’s Pulse