
Como integrante do grupo paulistano Quarto Negro, Eduardo Praça deu vida a dois importantes exemplares do rock nacional nesta década – Desconocidos (2011) e Amor Violento (2015). Entretanto, desde o fim das atividades da banda, o cantor e compositor vem tentando se encontrar em um novo projeto autoral, o Apeles. Com um bom registro de inéditas entregue há dois anos, Rio do Tempo (2017), obra que contou com nomes como Gustavo Teixeira (Nuven) e Hélio Flanders (Vanguart), o multi-instrumentista entrega agora o segundo álbum dessa nova empreitada.
Intitulado Crux (2019), o trabalho de essência sombria e distribuição pelo selo Balaclava Records segue de onde Praça parou em Rio do Tempo. São versos marcados por temas urbanos, inquietações e conflitos intimistas, estrutura que se completa pela fina base instrumental que serve de sustento ao disco. Canções que vão do rock gótico dos anos 1980 ao presente cenário em uma linguagem particular. No repertório, faixas já conhecidas como A Alegria dos Dias Dorme no Calor dos Teus Braços, Torre dos Preteridos, Reflexo Turvo e a mais recente delas, Pássaro Nu.
Apeles – Crux