![](http://miojoindie.com.br/wp-content/uploads/2019/08/Guaxe.jpg)
De um lado, os ruídos delirantes de Dinho Almeida, vocalista do Boogarins e responsável pelo ainda recente Sombrou Dúvida (2019), um dos grandes exemplares da produção nacional no primeiro semestre deste ano. No outro, o experimentalismo lisérgico que embala o trabalho de Pedro Bonifrate, veterano da cena fluminense que deu vida a alguns dos registros mais importantes da neo-psicodelia brasileira, caso do excelente Terceira Terra (2015), último álbum de estúdio do Supercordas. Juntos, os dois artistas se revezam no material que abastece o primeiro álbum de estúdio do Guaxe.
Lisérgico e torto, como tudo aquilo que cada colaborador vem produzindo em seus trabalhos paralelos, o registro de apenas sete faixas muda de direção a todo instante, brincando com a interpretação do ouvinte. São pouco menos de 30 minutos em que Almeida e Bonifrate vão do rock psicodélico da década de 1960 ao experimentalismo dos dos anos 2000, como uma interpretação particular da obra de artistas como Animal Collective e Grizzly Bear. Ideias que se entrelaçam de forma inexata, indicativo do caminho percorrido pela dupla até o último instante do registro.
Guaxe – Guaxe