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Lembra quando Grimes surgiu no começo da década, brincando com a composição de temas atmosféricos e instantes de doce experimentação? É exatamente isso que você encontra no primeiro álbum de estúdio da cantora, compositora e produtora Yeule. Original de Cingapura, porém, residente em Londres, a artista encara as 12 faixas de Serotonin II (2019) como uma natural continuação de tudo aquilo que vem produzindo nos últimos meses. Trata-se de uma propositada perversão do pop tradicional, cuidado que se reflete a cada novo registro assinado pela artista.
De essência minimalista, cuidado que se reflete até a derradeira Vail of Darkness, o trabalho vai de músicas deliciosamente hipnóticas, caso da já conhecida Pretty Bones, até faixas em que Yeule parece testar os próprios limites dentro de estúdio, como no som nostálgico de Pixel Affection, canção que parece dialogar com a música dos anos 1980. São pouco mais de 40 minutos de duração em que a artista de Cingapura brinca com a utilização de sintetizadores atmosféricos, batidas e vozes tratadas como instrumentos, leveza que se reflete desde o primeiro EP produzido pela cantora.
Yeule – Serotonin II