
Cinco anos após o lançamento de Art Angels – 5º colocado em nossa lista com Os 50 Melhores Discos Internacionais de 2015 –, Grimes está de volta com um novo trabalho de estúdio. Em Miss Anthropocene (2020), a artista canadense canta sobre uma “deusa antropomórfica das mudanças climáticas“, na qual “cada música é tratada como uma personificação diferente da extinção humana“, como explicou no texto de apresentação da obra. Canções de essência política, como um avanço claro em relação aos antigos registros da cantora, como Visions (2012) e Halfaxa (2010).
Entre as canções que recheiam o disco, faixas como as já conhecidas Violence, So Heavy I Fell Through the Earth, My Name Is Dark e a insana 4ÆM. Nada que se compare ao material apresentado pela artista na melancólica e ainda recente Delete Forever, composição em que discute a inevitabilidade da morte e a crise dos opioides nos Estados Unidos de forma sensível. Com diferentes formatos de lançamento, Miss Anthropocene conta ainda com a já conhecida We Appreciate Power, na versão japonesa, além, claro, de remixagens alternativas para a edição deluxe do trabalho.
Grimes – Miss Anthropocene