
Vozes tratadas como instrumentos, melodias etéreas e instantes de doce melancolia. Quatro anos após o lançamento de Will (2016), obra em que se permitiu flertar com o uso de temas eletrônicos, Julianna Barwick está de volta com um novo registro de inéditas. Intitulado Healing Is a Miracle (2020), o trabalho que conta com distribuição pelo selo Ninja Tune, mostra a capacidade da cantora e compositora norte-americana em se reinventar criativamente, porém, preservando a essência dos primeiros registros autorais, caso dos cultuados The Magic Place (2011) e Nepenthe (2013).
Para a produção do trabalho, Barwick decidiu estreitar a relação com diferentes colaboradores vindos dos mais cariados campos da música. É o caso de Jónsi, vocalista e líder do Sigur Rós, com quem divide a delicada e já conhecida In Light. O registro conta ainda com a interferência criativa de Mary Lattimore, em Oh, Memory, e o produtor Nosaj Thing, na curiosa Nod. São canções de essência detalhista, como uma passagem para um território mágico, típico das criações da musicista. Entre as canções que recheiam o disco, faixas como a introdutória Inspirit e a delicada faixa-título.
Julianna Barwick – Healing Is A Miracle